sexta-feira, 3 de julho de 2020

Atividade de Língua Portuguesa - Sétimos Anos D,E e F - Professora Mônica


2º Bimestre - Atividade da semana do dia 03/07/2020 a 10/07/2020

Observação: O texto abaixo é para ser copiado no caderno e as questões devem ser respondidas e enviadas para o meu email que é mquintanilhacardoso@gmail.com, com nome completo e série. Caso não seja possível enviar as respostas, fazer em uma folha a parte, que a mesma será recolhida quando as aulas retornarem.
                                                                                    Bons Estudos!!!

Exercício: criação de uma crônica narrativa

Olá meus chuchuzinhos e minha chuchuzinhas. Na 4ª aula aprendemos o que é uma crônica e como criar uma; já na 5ª aula, aprendemos o que são palavras com sentido denotativo e conotativo.

Então, como atividade de hoje, iremos criar uma crônica que contenham palavras no sentido denotativo e conotativo em seu enredo. Para isso, vamos relembrar alguns pontos importantes que devem estar presentes na crônica narrativa:

- Enredo: história que será contada, onde temos o tema ou o assunto que será narrado.
- Personagens: pessoas que estão na história e que podem ser principais ou secundários.
- Tempo: mostra o tempo no qual a história é contada.
- Espaço: determina em qual local ou locais a história narrada se passa.
- Narrador: que pode fazer parte da história e que pode ser observador ou onisciente. 

Veja o exemplo abaixo:
No restaurante
Carlos Drummond de Andrade
– Quero lasanha.
Aquele anteprojeto de mulher - quatro anos, no máximo, desabrochando na ultraminissaia – entrou decidido no restaurante. Não precisava de menu, não precisava de mesa, não precisava de nada. Sabia perfeitamente o que queria. Queria lasanha. O pai, que mal acabara de estacionar o carro em uma vaga de milagre, apareceu para dirigir a operação-jantar, que é, ou era, da competência dos senhores pais.
– Meu bem, venha cá.
– Quero lasanha.
– Escute aqui, querida. Primeiro, escolhe-se a mesa.
– Não, já escolhi. Lasanha.
Que parada – lia-se na cara do pai. Relutante a garotinha condescendeu em sentar-se primeiro, e depois encomendar o prato:
– Vou querer lasanha.
– Filhinha, por que não pedimos camarão? Você gosta tanto de camarão.
– Gosto, mas quero lasanha.
– Eu sei, eu sei que você adora camarão. A gente pede uma fritada bem bacana de camarão. Tá?
– Quero lasanha, papai. Não quero camarão.
– Vamos fazer uma coisa. Depois do camarão a gente traça uma lasanha. Que tal?
– Você come o camarão e eu como lasanha.
O garçom aproximou-se, e ela foi logo instruindo:
– Quero lasanha.
O pai corrigiu:
– Traga uma fritada de camarão pra dois. Caprichada.
A coisinha amuou. Então não podia querer? Queriam querer em nome dela? Por que é proibido comer lasanha? Essas interrogações apenas se liam no seu rosto, pois os lábios mantinham reserva. Quando o garçom voltou com os pratos e o serviço, ela atacou:
– Moço, tem lasanha?
– Perfeitamente, senhorita.
O pai, no contra-ataque:
– O senhor providenciou a fritada?
– Já sim, doutor.
– De camarões bem grandes?
– Daqueles legais, doutor.
– Bem, então me vê um chinite, e para ela... O que é que você quer, meu anjo?
– Uma lasanha.
– Traz um suco de laranja para ela.
Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fritada de camarão, que, para a surpresa do restaurante inteiro, interessado no desenrolar dos acontecimentos, não foi recusada pela senhorita. Ao contrário, papou-a, e bem. A silenciosa manducação atestava, ainda uma vez, no mundo, a vitória do mais forte.
– Estava uma coisa, hem? - comentou o pai, com um sorriso bem alimentado - Sábado que vem, a gente repete... Combinado?
– Agora a lasanha, não é, papai?
– Eu estou satisfeito. Uns camarões tão geniais! Mas você vai comer, mesmo?
– Eu e você, tá?
– Meu amor, eu...
– Tem de me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha.
O pai baixou a cabeça, chamou o garçom, pediu. Aí, um casal, na mesa vizinha, bateu palmas. O resto da sala acompanhou. O pai não sabia onde se meter. A garotinha, impassível. Se, na conjuntura, o poder jovem cambaleia, vem aí, com força total, o poder ultrajovem.
Fonte: O Poder Ultrajovem e mais 79 textos em prosa e verso, 1972.

 Então para a realização da atividade lembre-se:

- O texto precisa ser curto;
- Deve ter uma ordem cronológica: introdução, clímax e desfecho.


CASTRO, Sara de. "Crônica narrativa"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/cronica-narrativa.htm. Acesso em 03 de julho de 2020.



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