DIVISÃO
INTERNACIONAL DO TRABALHO
A Divisão Internacional do Trabalho (DIT) é o conceito utilizado para
descrever a forma pela qual se dão os diferentes processos de produção nos
países e áreas econômicas.
Cada território possui uma forma específica de produção e
desenvolvimento, criando divisões e hierarquia entre os diferentes países. Esse
contexto cria uma separação entre os países desenvolvidos que compõem os
centros econômicos e os países subdesenvolvidos, periféricos.
Com base na DIT, cada país desempenha um papel específico, possui uma
especialização, que o torna mais, ou menos, dependente economicamente no
cenário global.
Tabela sobre a DIT ao longo da história:
|
Países Desenvolvidos |
Países Subdesenvolvidos |
Capitalismo Comercial |
Metrópoles: produtos
manufaturados. |
Colônias: exploração
de metais preciosos, especiarias e tráfico de escravos. |
Capitalismo Industrial (DIT Clássica) |
Países industrializados:
produtos industrializados. |
Países não-industrializados: matéria-prima e bens primários. |
Capitalismo Financeiro (Nova DIT) |
Países desenvolvidos:
investimentos, empréstimos e produtos de alta complexidade tecnológica. |
Países subdesenvolvidos: produtos primários, produtos industrializados de baixa
complexidade e mão-de-obra a baixos custos. Países em desenvolvimento: juros, lucros e produtos industrializados. |
DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO
Para Durkheim (1858-1917), os princípios da divisão do
trabalho são mais morais do que econômicos. São os fatores que unem os
indivíduos numa sociedade, pois geram um sentimento de solidariedade entre
aqueles que realizam as mesmas funções.
Outro fator importante é que este pensador analisava a sociedade como
uma metáfora do corpo humano. Nessa ideia, a divisão social do trabalho seria
responsável por manter a harmonia deste sistema de órgãos que compõe o
organismo.
Além disso, Émile afirmou que quanto maior e mais complexa for uma
sociedade, maior será a divisão social do trabalho presente na mesma. Para ele,
é o crescimento populacional o responsável pela divisão do trabalho.
DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO
Para Karl
Marx (1818-1883),
a divisão do trabalho em especialidades produtivas gera uma hierarquia social
na qual as classes dominantes (burguesia) subjugam as classes dominadas, ao
estabelecer as instituições legitimadoras e ao deter os meios de produção. Essa
dominação é tensa e gera um conflito chamado de "luta de classes".
Ademais, para ele, a especialização das atividades produtivas nas
sociedades complexas gerou uma divisão do trabalho social como uma forma vital
de sobrevivência. E assim, ao superar as suas necessidades básicas, a
humanidade cria outras.
DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO
Max
Weber (1864-1920)
defendia que a sociedade, mesmo sendo composta de partes, pode ser afetada
pelas ações individuais.
Além disso, percebeu uma nítida diferença entre a divisão social do
trabalho entre Católicos e Protestantes.
Os protestantes eram austeros e valorizavam o trabalho, além de
possuírem uma doutrina religiosa mais alinhada ao Capitalismo. Isso culminou na
tendência ao empreendedorismo,
típica nas sociedades protestantes.
Outro fator primordial em Weber é sua visão da Burocracia enquanto modo
racional da divisão do trabalho. Nela, os cargos ocupados por um burocrata com
funções e atribuições específicas, são subordinadas a outro cargo mais elevado,
onde se dá a distinção social no trabalho.
Além disso, a burocracia notoriamente auxilia a classe dominante ao
estabelecer a divisão do trabalho entre dominantes e dominados.
ATIVIDADES
AVALIATIVAS:
a) Para Durkheim quais são os princípios da divisão do trabalho?
b)
Segundo
Karl
Marx, o que gera a
divisão do trabalho em especialidades produtivas?
c)
Segundo
Max Weber, qual a diferença
entre a divisão social do trabalho entre Católicos e Protestantes?
Atividades: de dia
16/09/2020 a 30/09/2020. No E-mail: valdecilima@prof.educacao.sp.gov.br
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